“O tempo urge.”
Já escutei esta pequena frase inúmeras vezes, mas só por alguns momentos da vida paramos para realmente observar o quão depressa o tempo passa.
É impressionante como na maioria das vezes queremos que o tempo passe mais rápido do que realmente passa. Quando criança, queremos ser adolescente, depois queremos ter 18 anos, depois isto, depois aquilo, porém só depois de uma certa idade – essa eu não sei bem quando é – começamos a não querer mais envelhecer, e as vezes até bate a saudade de nossa adolescência, devido as contas para pagar, a responsabilidade em casa, no serviço, com a nova família.
Minha família tem um local de refúgio em um condomínio no interior, quase um sítio, onde passei um grande período da infância e adolescência, e nele há uma sede onde temos um campo de futebol, um lago, um campinho de futebol de areia, um parquinho, uma quadra de vôlei de “praia, uma quadra – não sei se é campo, quadra ou recebe outro nome – de bocha, uma tirolesa e muita grama.
Em um final de semana passada fui para lá com minha esposa e amigos de anos, daqueles que precisamos ver toda semana, no mínimo para saber se está tudo bem, (será um dos meus temas em breve – AMIZADE), e como era final de semana de carnaval, foi organizado nesta sede um baile de carnaval. Após três dias de extrema orgia gastronomia e etílica, resolvemos ir a noite à tal festa.
A festa não lembrava em nada os “bailinhos” que fazíamos em nossa época (digo nós, pois dentro desta turma de amigos tem um que completamos em fevereiro 32 anos de amizade). Agora existe uma lanchonete, mesas, palco e até um DJ para embalar as festas, e não mais a famosa palha de aço da ponta da antena para tentar fazer aquele velho rádio sintonizar alguma estação.
Em um momento daquela festa que estava divertidíssima,fui dar uma volta pelos lugares para mim muito familiares, e por um momento parei e vi dois grupos de adolescentes, um de meninos, outros de meninas, sentados a uma distância razoável um do outro, e um garoto transitando entre os grupos, fazendo aquele famoso “leva e trás”, fazendo o papel de cupido entre as duas “tropas”. Este momento me fez arremeter àquela época de minha vida, e rever todas as passagens de lá pra cá. Muitos momentos passaram pela minha cabeça e a transformação que a vida nos trás, muitas por decisão, outras por falta de opção, mas com certeza tudo com uma razão.
Naquele momento olhei a quadra de futebol de areia que vi ser erguida,lembrei que participei ali do jogo de estréia,reparei que estava meio largada ao tempo mas que ela se perpetuará ali possivelmente para meus filhos e netos, e imaginei como seria netos e até bisnetos correndo por aquele lugar daqui muitos anos, pois o concreto sobreviverá ao tempo. Mas então olhei a grama, pois é o mesmo verde que ali estava há 15 anos, porém não é a mesma grama, ela foi por diversas vezes cortada, e nesta hora imaginei este texto, com todos os pontos e vírgulas, pois essa imagem trouxe ao mesmo tempo uma nostálgica saudade da grama que um dia deitei, e também como estará meu futuro quando meu neto ali se deitar.
Sei que este texto foge muito aos moldes habituais colocado em meu blog, mas gostaria de dividir este momento com vocês, pois o futuro não é construído daqui a um ano ou quinze anos, ele começa neste momento especial que DEUS te deu chamado PRESENTE. Tome mais ações, se não escolher seu caminho, sua vida vai te levar pra qualquer lugar, tome o rumo da sua vida e direcione seu barco.
Se hoje você está vendo a construção de uma quadra, um parquinho, uma piscina,imagine onde você quer estar quando seus netos estiverem por ali? Eu quero estar brincado de gol a gol.

Gostaria de agradecer a todos os amigos que fizeram do nosso feriado de carnaval momentos muito especiais (Alan, Lu, Isa (de dentro da barriga) e o Buddy (nosso cachorro que ontem fez um ano)
Obrigado amigos: Alexandre P., Leandro, Marques, Robson, Rafael, Camila, Letícia, Sandra, Fernanda, Sônia e Roberta.
Agradecimento especial ao amigo Alexandre (carinhosamente chamado de Xande), pelos 32 anos de amizade e companheirismo.
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